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Direita, Centro ou Esquerda

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Foto Google Maps em 20 de setembro de 2020

 

Se as coisas são inatingíveis… ora!
não é motivo para não querê-las…
Que tristes os caminhos, se não fora
a mágica presença das estrelas!

Mario Quintana
Livro Espelho Mágico – Das Utopias

Para aqueles que se acham orgulhosos de suas posições políticas, e de como se envaidecem com o fato de ser de direita ou esquerda, a pesquisa e estudo seria de grande valia para entender um pouco mais sobre o significado de tais posições, que são herança de discussões acirradas na busca de reconhecimento social, da liberdade de expressão, liberdade política e de participação democrática.
Na monarquia parlamentarista inglesa, na Assembleia Nacional Francesa, na Assembleia das Cortes Portuguesas e em todos locais onde funcionavam as discussões políticas, por tendência de aglutinação, debatedores se posicionavam a direita ou a esquerda do ponto central que atuava na presidência da mediação.
De um lado, aglutinavam-se os debatedores com perfis conservadores, características daqueles que defendiam as ordens instituídas preservando os ritos e costumes históricos já adquiridos nacionalmente. De outro lado os perfis liberais, características daqueles que defendiam novas ideias que estabelecessem novos e modernos ritos para serem absorvidos nacionalmente.
Tais posições poderiam ser encontradas tanto a esquerda ou direita da presidência da mediação.
Para um observador mais apurado, das reuniões sociais dos dias de hoje, confirmaria atentamente que sempre teremos grupos ou pessoas unidos a direita ou a esquerda de alguém, ou de uma mesa central que de alguma maneira ocupará uma posição mediadora, por um determinado tempo. Não é raro verificar que muitos, nestas reuniões, passam da esquerda para direita com bastante frequência, enquanto outros não arredam pé de sua posição nem para buscar comida ou bebida.
Independente das ideologias da esquerda ou direita a verdade é que sempre teremos estes que tendem a ser conciliadores, geralmente aqueles que passam da esquerda para a direita recolhendo subsídios para definir sua posição, ou seja, buscando identificação para se fixar nos grupos da direita ou da esquerda.
Democracia não é só um regime político que tem origem na eleição de representantes do povo, elegíveis para o seu governo, mas sim na prerrogativa de conceder o direito de participar nestas reuniões de forma livre conferindo passe, convite, ou até mesmo uma senha para podermos ingressar em evento social, fixando-nos a direita, a esquerda ou passeando entre os dois.
O espírito conservador não está somente na defesa do direito de propriedade, ao uso de arma de fogo ou a um governo executivo centralizado e poderoso, que possa extinguir o Senado, a Câmara e o Supremo Tribunal Federal, apoiado por forças militares, como em um passe de mágica. Esta sim, no espírito de quem manifesta claramente a defesa ao estado de direito e na garantia dos três poderes igualmente balanceados (Executivo, Legislativo e Judiciário), no combate da impunidade e corrupção, na defesa de soluções que aumentem ainda mais a representatividade da vontade popular e o respeito às autoridades constituídas.
O espírito liberal ou progressista não está somente na desregulamentação do mercado, na criação de mecanismos que subvertem leis estabelecidas para atender demandas de interesse de grupos sociais, financeiros ou econômicos. Nem tampouco na desobediência civil desenfreada, que só têm validade quando a vontade popular é maior, quantitativamente, do que os interesses de grupos refugiados por leis que atentem contra o artigo 5º da Constituição: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (mais 78  incisos e alíneas)”
Nossa Constituição garante tanto ao conservador como liberal ou progressista, formular, comunicar, escrever, defender pontos de vistas e convicções políticas, religiosas, ou seja, todos podem se colocar como desejar entre a direita, centro e a esquerda.
O que não parece ser desejo de nenhuma nação é o de rasgar suas Cartas Régias, sua Constituição, permitir que indivíduos acima da lei e das normas possam, reprimir a vontade popular utilizando-se de armas e suspendendo garantias individuais com atitudes antidemocráticas historicamente clássicas nos regimes autoritários e despóticos.
Quando uma sociedade chega ao desespero de utilizar a força, o autoritarismo, a determinação de um único pensamento individual para definir seus destinos, fica claro, que não é uma sociedade, uma nação, mas sim um curral de indivíduos liderados por um despótico que determina a direção da população encurralada.
Em geral, governantes são acometidos da “Síndrome de Húbris”, uma doença estudada neste início do Século XXI, que estuda o poder e a doença que ele acomete, como uma embriaguez de poder que provoca a perda e o sentido da realidade nacional, desperta a soberba, a presunção e a persistência perversa em políticas nascidas da cabeça de um único indivíduo que não consegue avaliar os sinais positivos ou negativos de seus atos.
O medo, o receio, a precaução, são sentimentos que têm por finalidade proteger o ser humano. Mas quando esta finalidade se torna exacerbada provoca diversos desvios psicológicos. Atos desesperados em controlar sentimentos, eventos, possibilidades futuras ainda inexistentes, variáveis exógenas incontroláveis como fenômenos naturais e até mesmo patologias ainda não diagnosticadas.
Uma sociedade democrática não é compatível com sociedades secretas, a não ser as legalmente prevista, que protegem o interesse nacional. Fora disto fica claro que o direito de associação é previsto por lei e tem como base a transparência, garantido pelo direito constitucional. Porém todo aquele que tem cargo público, por ética, deveria manifestar a sua associação junto a entidades empresariais e desportivas, sociedades culturais políticas e científicas. Tal condição faz da sociedade mais transparente e garante a liberdade de escolha do indivíduo a buscar a direita, esquerda ou o centro.
Uma nação só consegue ter a paz necessária para reger os seus destinos quando a direita respeita a esquerda e vice versa. Quando o centro, entre a esquerda e a direita seja respeitado e respeite com dignidade a esquerda e a direita. Todos se respeitando como nação e não como animais racionais encurralados na disputa de um espaço para atender suas necessidades materiais.
Extratos sociais que se consideram influenciadores e formadores de opinião, como classes privilegiadas e que estão no topo da pirâmide social, não podem negar a validade do voto de quem está nos estágios intermediário e na base da pirâmide social somente por que residem na periferia, no centro ou nos bairros operários, sob a alegação que se trata de população burra, incompetente e de fácil manobra. Falsa alegação, se assim fosse, os extratos sociais no topo do poder estariam indefinidamente no poder. Tais extratos sociais são minorias diante da grande população e acham que podem manipular em uma guerra de direita, centro e esquerda a representatividade da grande quantidade de votos que vem dos bairros operários, das favelas e da periferia.
Como diria um mestre que tive no colégio: “Manipular, mascarar, enganar, oprimir pelo medo, oprimir pela ironia e sarcasmo são armas de falsos guerreiros que sempre acabam nas mãos de alguém mais inteligente, transparente e que tem seu domínio fundado na verdade”
A desvalorização do outro pela mentira, pela falsidade e hipocrisia um alguns momentos surtem alguns efeitos, mas o tempo, a razão e os fatos de forma natural e organizada, conseguem definir claramente e registrar as linhas da verdade no conteúdo histórico de uma nação.
Por isso, não importa a posição que você ocupe, direita, centro ou esquerda, qualquer uma delas é parte integrante da cidadania do brasileiro, queira você aceite ou não. O que é repudiado, o que não é aceito e degrada a condição de cidadania, é obrigar todos a uma única posição. Fato impossível de acontecer e nunca acontecerá em razão da formação gentílica, fundada nos  índios, negros, portugueses e imigrantes europeus que construíram o Brasil de todos os Brasileiros. Claro que alguns desesperadamente buscam trocar sua nacionalidade na tentativa de negar sua nacionalidade e se afastam dos desafios nacionais, para se locupletar com os benefícios sociais de outras nações europeias, americanas e até mesmo asiáticas. Ainda assim serão brasileiros, no coração, na alma e no caráter, pois não se consegue mudar a história pessoal, familiares, seu local de nascimento, suas paisagens, seu território ou seu idioma materno.
A fonte original de poder de uma sociedade, não concede mais ou menos direitos para alguns indivíduos do que aos outros, independente de suas profissões, de seus papéis sociais, seus relevantes serviços prestados ou mesmo de seus dotes culturais ou artísticos. Basta que se some os direitos cívicos dos integrante de uma nação para se conhecer os destinos de uma nação em busca da construção de sua soberania nacional.
Portanto, estando à direita, no centro ou na esquerda, fazemos parte do povo brasileiro, povo nacional, fonte de poder da sociedade brasileira, parte de uma pluralidade de ideias compartilhadas que mantêm nossa soberania nacional, expressa pelo poder que reside em nosso povo, independente de qualquer interpretação pessoal, manifestado pelo sentido de que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.

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O Covid-19 e a falência das relações sociais

 

Estas linhas são para você empresário, que reinventa seu negócio em plena pandemia, que descobre que a vida pode ser melhor com modelos revolucionários, como drive-through (através dos carros), e-commerce (comércio eletrônico), e home office (trabalho remoto), delivery (entrega), marketing place (local de compras virtual) e tantos outros termos que atualmente fazem parte do vocabulário de feirantes, nos locais onde se proliferam os ambulantes da economia informal e dos especialistas em negócios . Modelos criados há mais de 15 anos atrás, e só agora, dada   necessidade, mostram-se como infraestrutura mais adequada para a distribuição de produtos e serviços. A maximização da quantidade de entrega da massa de produtos e serviços para conseguir um resultado de troca monetária maior ou igual a conseguida nos dias de hoje, será uma determinante imprescindível. A especulação e o dinheiro fácil ganho nas custas de quem produz, ou ganho nas tetas do setor público de forma irresponsável não terá lugar na sociedade do futuro. A boa notícia é que os atravessadores, intermediários reticentes a qualquer tipo de mudança, lentamente serão extintos dos mercados. São estes os que estão prontos a exercer desobediência civil, são estes que desejam a volta do “status quo” anterior. Um ambiente que fique exatamente igual ao que era antes, o que é totalmente impossível, factível somente nas mentes dos fantasiosos.

Impossível deixar de mencionar, os funcionário de grandes empresas privadas, que se reinventaram no trabalho de home office (trabalho remoto), agilizando cada vez mais a sua atividade laboral e agora não precisando reivindicar mais qualidade da comida produzida nos restaurantes das empresas multinacionais. Não precisando reclamar da cadeira desconfortável ou fazer reclamações sindicais contra a ergonometria. O seu instrumento de trabalho agora é o notebook comprado com o seu dinheiro, bem diferente e bem melhor do que o desktop lento que travava no uso de imagens e de planilhas. Mas o melhor mesmo é o café feito em casa pelas mãos da esposa ou pelas máquinas de Nespresso, muito diferente do café aguado das máquinas nos corredores da empresa, sem precisar gastar tempo para fumar um cigarro fora das dependências da empresa. Todas as dificuldades desapareceram e quem ficou empregado terá que entregar muito mais quantidade e qualidade de trabalho. Como diria um snobe colega que pouco se importava com a humanidade dos funcionários, da mesma forma que Kleiton e Kledir na música Pato Macho: “Não quero nem saber se o pato é macho, eu quero é ovo”

Não podemos deixar de mencionar os caminhoneiros. Eles não podem mais sair por aí sem lenço e sem documento, agora são obrigados fazer um planejamento completo de suas viagens, evitando as paradas não muito recomendáveis, controlando assim, o ambiente onde terão seu descanso noturno e onde terão suas refeições. Sem contar que a mobilização como categoria, agora não está mais fadada ao comando de um sindicato, mas sim de qualquer voz intimidatória que ecoa nos vídeos de WhatsApp ou Facebook, espelhando assim, uma forma de reivindicar, muito semelhante aos famosos sindicatos do antigo setor automobilístico, trocando apenas o endereço e mantendo a forma. Falas sem nome e sem compromisso, sem deixar traços de identificação dos sindicatos, organizações políticas ou econômicas a quem estão ligadas, representando ou associadas. Falas que quase sempre se mostram patriotas nas telinhas de celulares, mas que desconhecem as necessidades populacionais e suas carências econômicas. Falas que se propõe a parar o país, ir para as ruas em nome de organizações desconhecidas que bancam a autopromoção para uma possível futura campanha política eleitoral.

Uma palavra deve ser direcionada ao funcionário público, que tem o seu salário preservado, por enquanto, e que tem por obrigação prestar os melhores serviços públicos para atender a sociedade desarvorada. Sociedade totalmente carente do ponto de vista de direção e organização, mas que banca através de impostos e transferência monetária uma estrutura governamental totalmente ineficaz e sem políticas públicas que atendam realmente a maior parte da população. Quando algum setor público funciona de maneira eficiente, não tem como deixar de notar a corrente crítica que sempre busca descontruir sua utilidade com acusações, até mesmo com falsas notícias, na tentativa infame da cooptação de poder.

Temos que mencionar, também, os professores que conseguiram se reinventar com o ensino a distância, agora, talvez mais flexível porque a telinha alivia seus ouvidos e traz mamães e papais para estudar junto com seus filhos, mas como esquecer que ainda terão que trabalhar dobrado para reinventar os espaços corretos, ventilados, e com muito mais atividades ao ar livre quando forem receber seus alunos em suas escolas. Os profissionais da educação não imaginam a obrigatoriedade do esforço que deverão empenhar com todo corpo docente e discente, e até mesmo de pais e especialistas, para planejar o retorno às aulas. A escola não é depósito de crianças albergadas por algumas horas, o colégio não é uma casa de divertimentos para adolescentes e jovens desinformados, sem civismo e sem valores morais. As Universidades não podem ser um recinto dominado pelas drogas, pela desobediência civil, pela formação de profissionais que passaram quatro ou cinco anos em atividades esportivas competitivas esquecendo-se do real é objetivo que é formação profissional. As turmas de formandos, tem em sua maioria uma de gama de profissionais, sem nenhum ou pouco valor cultural, e do ponto de vista do conhecimento, sai da Universidade da mesma forma que entrou, sem agregar valores. As Universidades não podem projetar e construir educação através de ideologias, sejam quais forem. O entendimento político não pode alardear propósitos de compromisso e engajamento social, formando profissionais e pessoas, inábeis, voltadas ao discurso do marketing e da marca pessoal, carregando a inutilidade e o despreparo no exercício profissional e na vida pessoal. Incapazes até mesmo de tomarem as rédeas de suas próprias vidas e do seu desenvolvimento como cidadãos. A maioria, mantém toda a estrutura de vida calcada na dependência da família, do pai, da mãe; e até mesmo, dos próprios avós, sempre preocupados com a possível herança familiar. A educação não é responsabilidade de um único agente, têm papel fundamental na formação do indivíduo a família, estado e sociedade. Quanto mais estes agentes estiverem desorientados, mais educandos serão formados de maneira imprópria e avessa aos valores éticos e responsáveis, sucateando a cultura, a arte e a ciência de qualquer pátria ou nação. O resultado sempre será uma quantidade de poucos com responsabilidades, arcando com o ônus de produzir ações que levem ao engrandecimento cultural e científico da sociedade em detrimento de muitos outros.

Enfim, a sociedade brasileira esta doente, em pandemia, refém do vírus, Covid-19, Corona Vírus, que graças as ideologias políticas fabricadas por interesses escusos, criou uma divisão de comportamentos, rachou os brasileiros em dois grupos. Os chamados da direita negacionistas e os de esquerda progressistas voltados para o distanciamento social e para a ciência, que eles próprios ignoram, imaginando-se protegidos debaixo destas bandeiras. Como não me encaixo em nenhum dos dois grupos, primeiro por que não aceito verdade absoluta e segundo por que toda divisão não agrega nada, só espalha, prefiro a verdade, ainda que relativa, que agrega e ajunta o espalhado. Grupos que se dizem dono da verdade para coaptar partidários, que distorcem valores éticos em nome da lealdade, não faz parte do meu perfil. Por isso descrevo esta pandemia com uma certa dose de ironia.

E lá vai minha ironia: pouco importa se o vírus, é uma farsa ou não, passo longe e quero continuar passando bem longe do virulento. Pouco importa os profissionais da saúde que lidam com eles, não sou médico. Para que me expor e expor minha família, repito, não sou médico. Sim, mas quando se trata de expor opinião, aí sim, passo a indicar o tratamento precoce com Azitromicina, Hidroxi-cloroquina e corticoides, passo a ser especialista e se alguém morrer não tenho nenhuma responsabilidade. Mas se tiver febre, perder o olfato, corro para o hospital quero ser internado e entubado, por isso terão que ter um quarto de UTI disponível, nem que seja particular, não posso ficar em fila de espera.

Vemos os políticos e autoridades recitarem regras que nunca serão cumpridas. Vacinas a conta gotas, que não terão o poder de ressuscitar uma sociedade, hoje totalmente agonizante. Voltar aos dias chamados de “normal”, não acontecerá, porque o “normal” não existe mais, e o comportamento social, mesmo após a vacina, será diferente do que conhecemos no passado.

Vemos nossos amigos morrendo e mesmo assim soltamos o ditado: melhor ele do que eu. O vírus não existe, é tudo farsa, estatística forçada dos governos. Temos que voltar ao que era antes e deixar morrer aí 1% de 100.000.000 de brasileiros, que morram 1.000.000 afinal já morreram 300.000, estamos com a média baixa para uma letalidade do vírus em 1%. Vai morrer mesmo? Não! Para isso temos confiar na ciência, fazer o distanciamento social e tomar a vacina, porque não temos hospitais para tratar todo mundo, porém, colocarmo-nos nas mãos de políticos aéticos que sequestram os serviços de saúde em detrimento de seus interesses pessoais se torna cada vez mais difícil.

Enfim o mundo não aprendeu nada com a história, poderíamos escrever um tratado com inúmeras páginas dos fracassos armados de conquistas, territórios e poder. E agora vemos uma luta para se apoderar de um vírus, uma pandemia para dominar todo o globo e um bocado de espertos que têm receitas mágicas publicadas diariamente nas mídias sociais. Durante a segunda guerra, os alemães exterminavam judeus e alegavam que prestavam serviços à sociedade, transformando um ser humano em 640 gramas de cinza e espalhando-os pelas ruas dos vilarejos da Polônia em amontoados de cinzas brancas. E, ainda assim, muitos nazistas modernos engajados em movimentos populares explicam que a “Solução Final” nunca existiu.

Na minha concepção otimista, quero acreditar, que todos os homens de boa vontade estão buscando novos caminhos para entender a nova realidade da sociedade, que descortina apenas uma pequena mostra da transformação, que já mostra uma tendência em ser a maior já vivida na nossa história global.

É crucial para o ser humano de hoje se preparar para a busca das profissões necessárias ao mundo do futuro. Falar 5 idiomas não será vantagem competitiva para os profissionais do futuro, viajar em turismo comercial será totalmente aético, abrir filiais em países pobres para vampirizar a necessidade de povos subdesenvolvidos será crime, competição será substituída por colaboração e associação.

Mas o mundo e o Brasil continuarão precisando de professores, educadores, profissionais da saúde, muitos hospitais e menos campos de futebol, alimentos, desenvolvimento tecnológico e científico, meios de transportes adequados e muitos, mas muitos mesmos, profissionais voltados para área de serviços. E muito mais do que tudo de pessoas com caráter, honra e que abominem a corrupção e a improbidade.

Espero com muita fé, no despertar das pessoas de bom senso, com mais objetivos humanitários em harmonia com o planeta em que vivemos, que fomente o planejamento de uma nova sociedade, que largue o osso desta civilização atual, falida, e que morre em situação de pobreza e desamparo.

Tirando fora a minha ironia, deixo claro que não tenho medo do vírus, mas entendo que terei que conviver com esta sociedade falida, com o planejamento desta nova sociedade que há de surgir trazendo consigo o coronavírus e com muitos outros que ainda hão de surgir.

Para quem achar que este é um texto feito por um influenciador de mídias sociais, com objetivo de arrebanhar partidários, que tenha em mente, que é um desabafo diante da percepção da realidade em vivo. Respeito os que pensam em contrário e me encontro totalmente aberto para dialogar, discutir os termos das minhas palavras, em uma reunião virtual enquanto a vacina não vem!

Na minha míope visão construída sobre o que é viver, o meu objetivo é, sempre foi e sempre será, aprender. Pobre os néscios que ainda não descobriram que mudar de opinião é sinal de aprendizado.

Até o Diabo se veste politicamente correto para construir marca pessoal

“A mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta”

Tenho observado o fenômeno comportamental nas relações humanas que carregam em si atitudes dirigidas a construir comportamentos politicamente corretos em celebridades, personagens da mídia do momento, políticos e lideres empresariais que se revezam nos elogios entre si por atitudes robóticas que imprimem um certo ar de consenso carreirista.

Nas redes sociais é muito fácil distinguir tal comportamento onde a discordância consensual pode significar o alijamento da participação e o isolamento da personagem discordante sendo uma busca incessante por obter unanimidade e unidade de pensamento em grupos que incoerentemente se dizem diverso, respeitoso e até mesmo libertário.

É muito comum observar que certas críticas ou até mesmo comentários discordantes passam por análise da censura pessoal sendo excluídas, deletadas e até mesmo editadas para atender as exigências daqueles que cultuam a unanimidade de opiniões. Já dizia Walter Lipman: “Quando todos os homens pensam da mesma forma, ninguém pensa muito.” (When all men think alike, no one thinks very much.) e Nelson Rodrigues: “Toda a unanimidade é burra. Quem pensa com a unanimidade não precisa pensar”.

Pior do que o comportamento politicamente correto como padrão mínimo de comportamento é o desvio de comportamento sob a pretensão de ser responsável, ético e politicamente correto nas vistas da sociedade enquanto particularmente e individualmente apresenta-se comportamento e sintomas de desvios de personalidade e caráter sem ética a que se pretende na construção do marketing pessoal.

No ano 63 A.C nas festividades de Bona Dea (Boa Deusa) reservada somente ao público feminino contou com a presença de Públio Clódio Pulcro jovem patrício que ousou invadir o festival fantasiado de mulher com o propósito de seduzir Pompéia, mulher de Júlio César. Sem ter provas contra o invasor, mesmo assim César se divorciou de Pompéia considerando que “minha esposa não deve estar nem sob suspeita”, o que originou o ditado “À mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta.”

Atitudes travestidas pela mídia como de humildade, espírito de equipe, respeito, competência e perfeição, mesmo parecendo absolutamente éticas carregam em si próprias a imperfeição do ser humano escondidas em egos carregados de orgulho, recompensa material, medo, sobrevivência e outros instintos que se escondem em detrimento do não bastar ser, mas do parecer ser, para poder desfrutar o verdadeiro “status quo” de liderança e poder que tanto se almeja.

Liderança nos dias de hoje é palavra mágica para atribuir exemplos que endeusam personalidades apáticas, mas que parecem simpáticas nas construções de interesses particulares e pessoais.

Marketing pessoal é uma ferramenta usada para promoção pessoal de modo a alcançar o sucesso. É uma estratégia usada para “vender” a imagem, e influenciar a forma de como pensam as pessoas para uma olhar positivo da pessoa que dispara a estratégia. É exatamente assim que se define a construção de uma Marca (Brand) pessoal.

Este procedimento traz alguns sérios questionamentos:
Como podemos dissociar capacidade de comunicação da inteligência emocional interiorizada? Ou postura profissional adequada do verdadeiro conjunto de valores éticos e pessoais? Como os cuidados com a aparência podem influenciar as etiquetas sociais formais ou informais adequadas? Como a criatividade e Inovação podem agredir a sociabilidade e socialização em grupo? E para aumentar ainda mais o horizonte do pensar, como as qualidades da humildade podem conviver com o caráter altivo, ambicioso, determinado e geralmente egocêntrico dos lideres modernos?

Algum profissional de marketing que provavelmente conhecia bem os escritos de Cicero, Dião Cassio e Suetônio narrando as atitudes de Pompéia, mulher de Júlio César e seus descuidos junto a personalidade de César, soube inverter bem a história e nos anos 80 criou um comercial de Shampoo para combater a caspa que dizia: “Parece remédio, mas não é….”

Parecer e ser são verbos muito distintos, parecer predicativo e pronominal exige o esforço de ter o aspecto, a aparência ou até mesmo se transmudar em semelhante. Enquanto o verbo ser predicativo, intransitivo, auxiliar e várias outras modalidades gramaticais não exige esforço nenhum, simplesmente é, está, existe, subsiste, vive, possuí identidade própria e capacidade inerente a ele mesmo.

Por isso que o humano carrega em si a imperfeição, capacidade inerente de se permitir ser falho e carregar diversas outras imperfeições.

O parecer é o pior que pode acontecer ao ser humano, já que as falhas e as imperfeições são jogadas para baixo do tapete e o pior é que sempre alguém descobre a sujeira. E quando isto acontece exige-se mudança imediata.

O profissional de marketing e propaganda é expert em fazer parecer, poderíamos aqui listar uma série deles, inclusive com prêmios nacionais e internacionais em diversas categorias que quebraram paradigmas, cases de verdadeiro sucesso, porém sem nunca mencionar um aspecto sequer das fraquezas empresariais, mesmo por que isto seria uma arma nas mãos de profissionais com competência.

E aqui é onde reside o meu ponto: basta ter um pouco de reflexão, compreensão, leitura, competência e capacidade analítica para perceber as imperfeições ignoradas nos cases de sucesso badalados pela mídia de marketing para ver que “Até o diabo se veste de politicamente correto para construir uma marca pessoal”.